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quarta-feira

O sindicato medíocre dos médicos e o salto generoso






Prezada médica Rafaela Alves Pacheco

Li com interesse sua carta remetida à direção do sindicato de sua categoria profissional, do qual participava como diretora e militante convicta,  reproduzida pelo site Brasil 247.

O conteúdo de sua carta revela crítica e generosidade, dois valores de que seus colegas, na maioria, se ressentem. 

A senhora diz que faz muitas críticas ao programa do governo federal Mais Médicos. Assim como critica seu próprio sindicato. 

A senhora tem razão. Mais Médicos é solução emergencial, de curta duração e que visa atender a carência gritante de saúde de milhões de brasileiros. Governos insensíveis socialmente nunca se importaram com a saúde do povo. Foram rigorosamente capitalistas até no que tange a falta de cuidado da saúde da população. Sabe-se que o capitalismo, além de anárquico, apenas mantêm os corpos dos trabalhadores em funcionamento como se fossem máquinas para que produzam. No momento que não mais produzem são jogados ao lixo. Por isso as populações de regiões distantes dos centros produtivos capitalistas, marginalizadas de todos os bens humanos também foram brutalmente excluídas dos planos de saúde, inclusive dos programas de saúde pública. 

Em sua carta, latejante de vida, percebe-se que a senhora critica seu próprio sindicato por vê-lo sem condições de olhar para seu próprio umbigo, muito menos para o povo a quem os profissionais deveriam servir em primeiro lugar. Os sindicalizados deram testemunho lastimável de preconceito, racismo e discriminação ideológica ao tratarem mal, muito desrespeitosamente, seus colegas cubanos. A conduta de seus colegas além de recriminável mostra o ódio de classe e a infantilidade de quem não pensa no próximo, mas em seus próprios bolsos mesquinhos. 

É verdade que o sindicalismo é essencialmente economicista, que busca soluções econômicas para seus associados, sem, muitas vezes, a consciência política de fundo quanto ao poder, onde residem as demandas das decisões que resolvem. Porém, o SIMEPE consegue ser pior e infinitamente mais limitado: tornou-se estúpido, racista, preconceituoso, mesquinho e antro de infantilidade, abrigando bebezões mimados, sustentados pelas multinacionais de medicamentos, sempre a partir das desgraças dos doentes, principalmente os pobres.  Os sindicalizados do SIMEPE e do CFM são egoístas e inconscientes. Não se importam com as doenças causadas pelo abandono e pela pobreza do povo. Os tais não conseguem separar os defeitos de um programa, evidentemente carente de correções, de sua falta de visão social, tão acanhados à sua profissão emburguesada. 

Senti em sua carta, médica Rafaela (seu nome já originalmente do hebraico é  uma revelação = cura divina ou medicina de Deus), que a senhora não suportou os grilhões de um sindicalismo tacanho e despolitizado, incapaz de emocionar-se com os males que atingem o próximo. Intuí que preferiu saltar fora em busca da liberdade dos que não se permitem amarrar-se pela ganância, mas lançar-se nas águas da vida nadando em direção dos que precisam de solidariedade.

Sinceramente, médica Rafaela, creio que muitos de nós brasileiros não esqueceremos jamais dos seus colegas aí da sua Fortaleza agredindo preconceituosamente os médicos cubanos, particularmente Juan Delgado, por ser negro. Quanta falta de respeito, quanta falta de coração, quanto falta de generosidade, quanta alienação. Usaram o sindicato para tentar golpear o governo e impedir o povo de seu direito inalienável à saúde. 

Seu gesto de romper com a pasmaceira atávica do SIMEPE e do CFM, bem como com o modelo de saúde que devemos descartar por ser desumano porque centrado nos negócios e não nas vidas humanas, mostra que entre os marginais sociais e profissionais robotizados pelo lucro, há pessoas de visão humana e social. Sua ousadia e coragem me fez lembrar de um colega seu que fez história. Trata-se do alemão Albert Schweitzer (1875-1965). Este era um bem sucedido teólogo, filósofo, músico, professor universitário e pastor de uma igreja tranquila, onde poderia crescer como intelectual reconhecido. Contudo, inquieto e consciente, decidiu estudar medicina para atender os gritos de sofrimento dos pobres de Lambaréné, Gabão, África. Lá começou a atender num abandonado e antigo galinheiro, onde se deparou com a pobreza estrema, com clima hostil, falta de higiene, com os obstáculos de uma língua que não entendia, com falta de remédios e falta de equipamentos médicos. Mesmo assim tratava 40 pessoas por dia [1]. Diferentemente de outros médicos alemães e europeus, acomodados em suas vidinhas de meros “profissionais” Albert Schweitzer fez história. Os burgueses e acomodados não fazem história, apenas passam.

Somente quem é generoso e ousado faz história e diferença, prezada jovem médica Alves Pacheco. A senhora já faz história ao gritar pela alforria da saúde, ao gritar como quem ouve os lamentos dos que se movem nas trevas do abandono. Desde a borda onde estão os excluídos e esquecidos pelos egoístas e infantis, que nada fazem pelo próximo, pelo social, pelas mudanças das condições de vida do povo, é que se faz história, querida Rafaela. 

Abaixo posto sua carta, reproduzida através pelos mais importantes sites. Sei que aqui sua carta ganha um lugar em reconhecimento aos corajosos e dispostos a romper com mundinhos tão pequenos e desleais. Aqui sua carta escrita e assinada com as mãos de uma mulher jovem e corajosa, que se desprende das amarras da morte para jogar-se na Amazônia da vida, é testemunho mais do que notícia. Num momento de apreensão e de nuvens de morte que se levantam graças a ameaças de morte do Obama assassino e enquanto seus colegas xingam, ofendem em corroboração com o terrorismo dos que odeiam, sua carta sinaliza vida e coragem de amar o próximo. Enquanto o império do norte se arroga dono do mundo ao espionar com interesse em nossas riquezas, sua carta eloquentemente se torna monumento de dignidade de uma mulher que luta pela vida, mesmo que os filhinhos de mamãe não entendam. 

Parabéns, minha irmã e irmã do povo brasileiro.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano. 
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Confira a carta de desligamento da médica Rafaela Alves Pacheco:

A socialidade primária feita de coisas simples e arranjadas, de vizinhança e solidariedade está perdida no tempo. Nesta socialidade o ser humano não tem medida, ele é visto pela criatura que verdadeiramente é, na sua essência. Na sociedade de homens inteiros as sofisticações não existem. Não deve haver complexidades. O homem trabalha e divide o trabalho, ele sustenta e divide o sustento. Não há que armazenar porque sente a presença do semelhante. Esta sociedade, infelizmente, está no passado quase remoto, porém, não se perdeu na memória do poeta.” Marco Antônio Castelli

Recife, 29 de agosto de 2013


Caríssimos e caríssimas,

Há tanto o que falar e me pego subitamente sem saber por onde começar. Então, me permito começar pelo começo.

Muitos(as) de vocês conhecem boa parte de minha história. Sou cearense, nascida em Fortaleza, filha primogênita de um casal de funcionários públicos: minha mãe, sertaneja, professora, formada em Pedagogia. Meu pai, serrano, terminou o segundo grau, mas não fez nenhum curso superior.

Os dois vieram de famílias simples e de proles grandes. Meu pai tem dez irmãos. Minha mãe, 14. A vida deles nunca foi muito fácil, especialmente a de minha mãe. Meu avô materno fez uma morte súbita ainda jovem e minha avó (que todos vocês bem conhecem, por repetidas vezes eu citar seus sábios dizeres em reunião) precisou redobrar seus trabalhos com costura e bordado para conseguir a difícil tarefa de educar seus filhos. Educação essa que lhe parecia sagrada e da qual não abria mão, até porque pessoalmente nunca a teve.

Sou a segunda médica da minha família. Tenho um tio materno médico pediatra. Sei na carne as dificuldades que minha família e eu passamos para que esse meu sonho acontecesse. Não ser nascida em família abastarda ainda castra os sonhos de muita gente nesse país.

Eu consegui seguir o rumo que desejei, mas tenho a clareza que muitos não o fizeram, não porque não souberam desejar. Ou porque são “menores”, “piores” ou “mais fracos”. Não porque não foram “persistentes”. Há todo um sistema que retroalimenta e culpabiliza o inconsciente das massas com essa falsa certeza. Muitos não possuem a possibilidade de escolher seus caminhos de forma livre porque não tiveram oportunidade. Porque o jogo está todo errado. Porque no mundo em que vivemos não é suficiente ser. É preciso ter.

Nesse cenário há duas escolhas: a primeira, manter-se no estado das coisas e seguir no rumo das ondas, aprendendo a nadar e evitando o risco de se afogar. E há uma segunda escolha, mais perigosa, mais tênue e instável, que é a de ousar, de remar contra a maré. Eu escolhi há muitos anos, em nome dessas tais e tantas pessoas mais humildes e sem rumo que dedicaria meu suor, minha força, minha cognição e meus dias nessa segunda proposta, de modo a permitir que tivéssemos um dia, um mundo de fato partilhado entre todos e todas. É ideológico. É pessoal, é político. É existencial.

Assumi e assumo diariamente os riscos e contradições dessa escolha e construo minha trajetória absolutamente balizada por essa convicção. Alguns chamam isso de paixão. Para muitos pode parecer piegas, insensato. Pode parecer ridículo, obsoleto. Utópico demais. Mas acredito que somos livres para optar, assumindo a responsabilidade que todo poder nos proporciona. Inclusive o poder de pensar.

Minha escolha profissional dialoga diretamente com essas questões. E desde estudante, construí caminhos de protagonismo tanto de cuidado com o outro, como de cuidado com o mundo. Comecei a fazer atividades comunitárias, a pisar na lama e a sentir o cheiro do Brasil ainda com cara de menina, quando consolidei ainda mais esse pensamento. Não me sinto seduzida pela pompa que a medicina desenhou ao longo de sua história. Encanto-me é com a possibilidade de olhar no olho das pessoas, de sentir o calor que elas passam, rir suas risadas, chorar seus prantos, sejam ricas, sejam pobres. Tenham dentes na boca ou não. Eu quero ajudar a produzir plenitude de vida para mim e para os que me cercam, não necessariamente nessa ordem. Eu sou uma médica que gosta do bicho gente.

Escolhi participar diretamente das entidades médicas há mais de três anos, mas acompanho as posturas do SIMEPE há quase 13 anos. Vi, desde há muito, um sindicato que se destacava por ser diferente.

Era diferente, porque apesar de fazer movimento de área, equivocada construção histórica da organização dos trabalhadores que retroalimenta o “farinha pouca, meu pirão primeiro”, não priorizava uma pauta auto-centrada. Mesmo com todas as contradições e momentos específicos, partilhava a pauta com a agenda de consolidação do SUS, com os demais trabalhadores da saúde e se importava verdadeiramente em construir junto com a opinião pública e sociedade.

Era diferente, porque se destacava regional e nacionalmente por ter um discurso combativo sim, mas qualificado e construtivo. Protagonizou grandes e belas lutas, tensionando importantes vitórias que extrapolavam o umbigo da categoria. O Brasil inteiro sabia que o SIMEPE era diferente, a entidade sempre foi procurada para opinar sobre um tudo. Essa casa cresceu, vinha mudando de cara, mas há muitos anos prezou por ser para além de uma entidade representativa de médicos. O SIMEPE fazia movimento social.

Venho de uma geração nascida após a reabertura política brasileira. Dei meus primeiros passos e fui crescendo junto com a redemocratização. Costumo participar e construir por dentro os processos e, sendo escutada, respeitada e bem vinda, topo inclusive os enfrentamentos. Pela palavra. Pelo argumento. Mesmo com todas as divergências, topo discutir e encontrar um denominador comum que possui um único norteamento e fiel nessa balança: o bem estar das pessoas. A defesa da vida das pessoas.

Vim de seis anos de movimento estudantil, de mais seis anos de medicina de família e comunidade, dois desses de medicina rural. Participei e participo do movimento feminista, da reforma psiquiátrica, do movimento de reforma sanitária. E esses capítulos da minha história moldaram e moldam o que sou hoje. É por essa história que vivo, ela é meu maior patrimônio. E é por ela que falo agora.

Sempre tive múltiplas diferenças e discordâncias com vocês. Na verdade, com as entidades médicas como um todo. Nunca gostei de alguns silêncios seletivos e de uma variedade de questões e posturas internas e externas do movimento médico, ao meu ver bastante conservadoras. Nunca me senti confortável com o corporativismo que coloca o bem estar do médico em primeiríssimo lugar. Que escolhe calar, a falar. Mesmo que isso custe o zelar pela boa medicina e pelo bem estar dos pacientes. E que ajuda, por consequência, a manter uma inércia social que há mais de 500 anos corta e sangra os mesmos. A mesma gente brasileira de sempre.

A nossas concepções de missão dessa casa já eram, de saída, diferentes. Entrei no SIMEPE para fortalecer a agenda do SUS, para construir qualidade na medicina e para defender os bons médicos e suas equipes. Essa sempre foi minha maior mobilização. Sempre fui muito honesta com vocês quanto a essa diferença, nunca escondi essas vicissitudes. Mas foi muito duro perceber o crescente dessas nossas diferenças. Segui com meu espírito crítico chamando as partes a pensarem, mantive-me falando mais internamente e calando mais externamente, por respeito a esse grupo e as coisas que acreditei serem ainda possíveis de serem construídas com vocês. Um silêncio caro, que me faz sofrer horrores nesses últimos meses.

Mas infelizmente o que eu temia aconteceu. O esquentar dessa guerra sangrenta, a agudização das dicotomias, a fervura apaixonada das discordâncias ideológicas culminaram com o esbravejar uníssono e inconsequente da categoria médica. Que se perdeu no discurso, que não soube pautar as importantes e pertinentes considerações que trazia. Nada além da raiva de nunca ter perdido antes. Não separou o joio do trigo, os pleitos de direitos, dos de privilégio. Não soube ser generosa. Não soube ser estratégica. A indignação de perder parte do seu histórico biopoder é inaceitável para muitos, que preferem esperar na antessala da nação, enquanto alguém mágico resolva (ou não) construir o tal país de maravilhas que tanto merecemos. O Brasil precisa de mais.

As lideranças médicas optaram por abrir uma caixa de Pandora, que não sei sinceramente se irão conseguir fechar. Dispararam uma onda e vem perdendo de forma avassaladora a credibilidade social e colocando-nos, todos, numa berlinda que nunca fiz por onde estar.

As máscaras seguem caindo e mostrando, a todo momento, a todo gesto, quem realmente é quem. As pessoas nobres e toscas dos dois lados. Porções de nobreza nas considerações de ambos os segmentos. Pessoas da base e do governo azeitadas pela mídia e opinião pública em franco maniqueísmo. Muito grito, muita indignação, muito desrespeito. Muito ódio.

Definitivamente não funciono nesses termos. Não foi com isso nem pra isso que vim a esse mundo. Sinto-me cada vez mais escanteada e menos escutada nessa casa. Por mais que eu fale, argumente, persista, venho assistindo ao ascenso de uma agenda fortemente corporativista e conservadora por parte das entidades médicas e especialmente do SIMEPE. Agenda essa que não me move, só me comove.

Enterrar o ministro da saúde e por consequência toda a atual política de saúde do país e do SUS por conta da discordância quanto ao Programa Mais Médicos não combina com minha história.

Assistir incólume a toda a perseguição e coação de pessoas importantes pro SUS e pro SIMEPE por parte de uma base raivosa e revanchista, sem absolutamente nenhum respeito e pronunciamento em defesa dos mesmos por parte dessa diretoria não combina com minha história.

Uma campanha de mídia que ataque frontalmente o SUS tratando-o como um navio afundando ou um avião caindo e a comparação falada em rádio de que médicos estrangeiros são “pernas-de-pau” na medicina não combina com minha história.

Mas o que o SIMEPE fez na assembléia da última segunda feira 26 não tem nome. Pelo que se consagrou chamar de ética e pela defesa dos médicos, optou-se por perseguir, retaliar e atacar…médicos! Os maiores e mais poderosos, xingados. Os menores, processados, podendo perder seus registros profissionais. Porque ousam discordar. Convivo, trabalho e milito há muitos anos com Rodrigo Cariri. Sei de sua história, de seu valor, de sua coragem. E sei que vocês também sabem. Expor ele e quem quer que fosse a essa situação vexatória por discordância política, repito, não tem nome.

O dedo julgador da categoria médica acordou para apontar não omissões de socorro, maus tratos aos os pacientes, desvios de verba do SUS, escalas não cumpridas de plantão, gestores corruptos, cobranças indevidas de procedimentos, relação incestuosa com a indústria farmacêutica. O dedo apontou para quem topou discordar, quebrar o feitiço. Autoritário, vertical, covarde. Inaceitável. Bem destoante de tudo o que vi na história dessa casa até então.

E em sendo assim, com essa sequencia de acontecimentos, não me resta outra alternativa. Coloco hoje meu cargo de diretora de relações institucionais do SIMEPE à disposição. Não me sinto representada nem represento esse tipo de agenda e atitude.

Tenho a clareza que tentei de um tudo. Trabalhei e doei o meu melhor para construir o bom trabalho, o bom debate e a boa política ao longo desses três anos. Lutamos juntos por muitas coisas que julgo importantes e aprendi a conviver e a ter amizade pessoal com boa parte de vocês. Nossas diferenças não nos impediram de nos afeiçoarmos e permaneço tendo afeto verdadeiro por muitos que aqui ficam.

Sei que uns lamentarão, outros comemorarão e outros sentirão alívio com minha saída. De toda forma, agradeço a oportunidade de convívio e aprendizagem. Aprendi muitíssimo com vocês. Espero ter cumprido o meu papel. Espero, também que tenham a grandeza de fazer uma auto-crítica e ajustar trajetória para lutarem a boa luta. Força e disposição sei que não faltarão. E o SUS precisa demais da força de luta que o SIMEPE sempre lhe ofertou.

Agradeço especialmente aos funcionários e funcionárias do SIMEPE que sempre e tanto me acolheram. Meu carinho e meu desejo de boa sorte a todos e todas.

Desculpem o prolongamento da carta. Sempre tanto a dizer.

Atenciosamente,
Rafaela Alves Pacheco.
Médica de Família e Comunidade
Militante em Defesa da Vida.

“Olhar para trás após uma longa caminhada pode fazer perder a noção da distância que percorremos, mas se nos detivermos em nossa imagem, quando a iniciamos e ao término, certamente nos lembraremos o quanto nos custou chegar até o ponto final, e hoje temos a impressão de que tudo começou ontem. Não somos os mesmos, mas somos mais juntos. Sabemos mais uns dos outros e é por esse motivo que dizer adeus se torna complicado! Digamos então que nada se perderá. Pelo menos dentro da gente…”
Guimarães Rosa


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